Uma coisa que é interessante é que a maioria dos bancos são sempre feitos com aproveitamento de material que acaba sobrando como pedaços de madeira, ferro, couro e até de osso.
No livro Sétimas de Mundaréu, do Gujo Teixeira, ele traz 4 tipos de bancos que são bem comuns.
O primeiro é a banca de galpão. Um pequeno banco dobrável, desses que abrem e fecham, o que facilita para guardar.
O segundo é o banco ou banquinho. Também chamado de banco baixo. Que tem o feitio igual dos bancos maiores, pra várias pessoas sentarem. Só que é feito pequeno.
Depois tem o banco de três pés. Onde a tampa é feita geralmente com uma fatia de madeira de uma árvore que caiu e os pés com parte dos galhos mais firmes.
E por fim, o Gujo também cita o banco de osso, mas que logo eu explico mais sobre ele.
E parecido com o de três pés, tem o banco tripé. Onde as três pernas do banco estão presas por um parafuso e elas se abrem cruzadas. Em cima, tem uma tampa feita em couro.
Em muitos galpões que visitei, tenho visto com frequência essas cadeiras dobráveis, feitas com a madeira encaixada.
Não podemos deixar de citar que outro tipo de banco é o próprio cepo. Que estão ali prontos pra ir pro fogo, só que antes disso são utilizados como acentos. Só puxar um cepo e chegar pro mate.
Mas tem uma coisa que ajuda em qualquer banco é colocar um pelego em cima. Bem como o Marenco canta em Milongão pra Assobiar Desencilhando: Um pelego sobre um banco é mais que um trono de rei!
Agora então voltamos ao mais peculiar dos bancos, que é o banco de ossos. Esse banco ele é feito com ossos da anca do cavalo ou do boi. Osso da Anca seriam os ossos da bacia, do quadril do animal.
Então tu pega os ossos e coloca um sob o outro e depois amarra eles com uns tentos.
Pode tanto ser feito com ossos de cavalo ou de bois. Os dois tem formatos e tamanhos bem semelhantes.
Certo dia, eu tava proseando com um parceiro que é domador e por isso vive sentado nos cavalos e me disse algo muito poético a respeito do banco de ossos, onde segundo ele, os gaúchos antigos passavam quase a vida todo em cima do cavalo e depois que o cavalo morria, nada mais justa a homenagem do que com os ossos do animal, fazer um banco pra que esse cavalo siga acompanhando o gaúcho por mais um bom tempo.
E conte pra gente aí… qual o banco que tu mais utiliza no teu galpão? Ou se na tua região os formatos de banco são diferentes.