Como já vimos no vídeo sobre a origem do chimarrão, esse hábito nos foi regalado pelos povos indígenas. E o costume do anfitrião do mate sempre tomar o primeiro também.

Pra gente entender, temos que pegar a estrutura da antiga Nação Guarani que habitavam essa terra gaúcha. Ela era dividida em inúmeras tribos, tinha vários dialetos, diferentes interesses e os costumes eram muito flexíveis, não havia territórios e sim regiões.

Os caciques destas tribos, de vez em quando, se reuniam para tratar dos assuntos ligados as regiões, casamentos, caças negociações de alimentos e paz. E essas reuniões eram regadas a muito chimarrão, que era a bebida, o elixir, comum de toda a nação. E as conversas se desenvolviam dentro da oca, ao pé de um fogo de chão e o chimarrão ao fazer a roda era passado de mão em mão, o braço estendido com a cuia ao ser estendida obrigava os índios a olhar uns nos olhos do outros.

Che, e isso era uma cerimônia obrigatória, um ato de educação e diplomacia, o anfitrião preparava o mate na frente das visitas e bebia o primeiro para provar que não tinha nada ou que não estava envenenado.

Por isso quando a gente faz o mate e ceva na frente dos amigos estamos fazendo um ato de entrega, de compromisso em nos dedicarmos ao diálogo e a paz. Afinal, como diz no verso: “Se os senhores da guerra, mateassem ao pé do fogo, deixando o ódio pra trás, antes de lavar a erva, o mundo estaria em paz.”

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