Há algum tempo, recebi uma mensagem pedindo a respeito do termo “bisna casca-de-ovo” que aparecia em uma marca do Cenair Maicá:
“Rosilho bem encilhado, badana e pelego novo
Um bisna casca de ovo, ajoujado na guaiaca
Pra emparceirar uma faca, de fibra, marca Coqueiro
De pelear bochincheiro e fazer touro virar vaca”
Esse trecho é de “Bochinchando” gravada pelo Cenair Maicá, que tem os versos de Amauri Beltrão de Castro e melodia de Cenair Maicá e Talo Pereyra.
Bisna é como os antigos chamavam revolver, principalmente na região Missioneira. Já “casca de ovo” é aquele trabalho que era feito em coronhas, cabos de faca e relógios, onde se aplicava algum material branco no cabo como marfim e madrepérola.
Esse termo “bisna” aparece em outras 2 obras de autores missioneiros:
Venta Rasgada – Telmo de Lima Freitas
Um relho trança de doze,
Boleadeira na cintura
E um bisna quarenta e quatro
No costado de um facão
Fangango beira de estrada – Pedro Bica
“Saímos tirando a cisma
Nós dois de rosto colado
E o véio espalmeando o bisna
E me olhando de atravessado”