Esses dias me deparei com um texto chamado: O Melhor Assador do Rio Grande, publicado no Blog do Fabricio Carpinejar em 2011.
Nesta publicação, o Carpinejar apresentava um gaúcho de fundamento: Chico Fialho, natural de Vacaria e aquerenciado por Lagoa Vermelha. O Sr. Francisco Fialho (já falecido – confirmei com um sobrinho neto seu) foi um notório e conhecidíssimo assador ali da Capital Nacional do Churrasco. Seu currículo apontava que já havia assado carne pra mais 4 mil pessoas, já havia aberto mais de 6 mil cabeças de gado, foi tricampeão da Festa Nacional do Churrasco e era dono de uma das mais saborosas receitas de linguiça campeira do universo.
1) Não abane o carvão com papel, é uma demonstração clara de desespero.
2) Evite avental, fogo não gosta de babá.
3) Não tente atalhos, afobar o serviço, atender ao atraso de uma visita. Chama é como mulher. Quanto mais apressa, mais ela se atrapalha para sair.
4) Churrasco é igual a paella. Pontual, não se disfarça madureza.
5) A carne deve começar a assar pelo lado do osso, não pela gordura. A gordura é o grande final artístico, responsável pelo acabamento.
6) Não vire a carne de um lado para o outro, churrasqueira não é pebolim.
7) Não é melhor salgar demais do que não salgar. Os dois jeitos estragam o churrasco.
8) Com pedaço excessivamente grosso, a carne ficará crua.
9) Bem passado e malpassado acontecem ao mesmo tempo quando o churrasco dá certo.
10) O silêncio de quem come é sinal de satisfação. Só o gemido supera a quietude.
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