Não há dúvidas sobre a necessidade de simplificar e padronizar, para transmitir a vastidão do nosso Folclore nos ensinamentos. Mas neles, se transmite um resumo das formas em que dançavam.
Nas academias de danças aprendemos algumas das formas coreográficas básicas do nosso Folclore.
Ir ao tradicional é fazer uma viagem, que vai mais longe, tentando descobrir o espírito das nossas danças, porque as dançavam e porque assim faziam.
Saia da mecanização, para entrar na conquista do casal, ou na diversão e até na elegância, para produzir a admiração.
Ler quem viu nossas danças dançarem espontaneamente, transmitidas pela tradição, e descobrir que são todas parecidas, mas sempre com alguma diferença, marca um grau de improvisação, espontaneidade e formas típicas de cada região que frequentamos. Se lermos também as notas anexas, descobriremos outra essência relacionada aos costumes: a finalidade social da dança.
Em suma, é como um professor de Folclore em ‘Las Breñas’, no ‘Chaco’, me disse uma vez: ‘Dança-se como se vive!’
Se tirarmos um tempo para saber como era o dia-a-dia social, na época em que nossas danças eram dançadas, podemos sair da mecanização acadêmica e nos aproximar da forma tradicional e, a partir daí, montar as formas cênicas, sem a necessidade de incorporar a dança contemporânea ao nosso Folclore.
(Se lermos ‘Carlos Vega’, no seu polígrafo para ‘El Gato’, na sua descrição da primeira ‘Volta’, vemos que ele anota que: ‘Tendo em conta que esta ‘Volta’ tem a mesma duração que a ‘Volta Inteira’ (Quatro versos)’. Se esses 8 compassos forem executados mecanicamente, com uma distribuição harmônica de compassos e estando no meio no compasso 4, perdemos toda a habilidade artística que esses 8 compassos nos dão para conquistar nosso parceiro naquele turno.)
Aproveite o tradicional!
Texto de Eduardo Mavy, para a “pagina” @folkloreehistoria, traduzido do espanhol para o português por Diego Müller.
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