A respeito da história da mulher no conflito farroupilha, encontramos referências que nos dão uma idéia de que houve sim, um grande envolvimento da mulher na Revolução Farroupilha, cujo contato se deu pela violência oriunda da miséria, falta de dinheiro ou viuvez durante o período. destaca-se as mulheres escravas considerando a desorganização de sua vida pessoal e as possibilidades de fuga que tal desorganização possibilitava.

De habilidades várias, cada qual respondeu ao desafio a sua maneira, dentro de seus talentos. Juntas elaboraram o que hoje se reconhece como pré-feminismo, não formando escola porque a mulher, minoritária e de pouca cultura, devolveu administração ao filho crescido e auxiliou na reconstrução da pátria arrasada. Assim, ordenando fontes e fatos, encontramos diversos grupos:

As escravas, executoras de toda sorte de tarefas, urbanas ou rurais.

As guerreiras: foram as mulheres que acompanhavam seu homem para a guerra, como as índias guaranis, que levavam os filhos. Houve projeto de um “partido político feminino”, com Maria Josefa Fontoura e outras líderes, criticadas e ironizadas. E Anita Garibaldi, que foi “guerreira de dois mundos”.

Costureiras do exército: Na guerra civil todas, profissionais ou amadoras, legalistas ou farroupilhas, podiam se inserir na tarefa do Arsenal, que pagava por peça. Ganho pouco mas bem vindo em tempos bicudos de guerra.

As estancieiras. Eram poucas em número, mas importantes por administrarem as fazendas, no decorrer da guerra, em lugar dos maridos tombados.

As imigrantes alemãs: constituem um grupo diferenciado. Fugidas das guerras napoleônicas, imigraram entre 1824-30, e no minifúndio agrário da Colônia de S. Leopoldo, integraram o trabalho familiar, que nele não via tabu. Educava os filhos.

Intelectuais pioneiras
As intelectuais do período farroupilha, são pioneiras no Brasil, no decorrer do decênio de guerra civil que
envolveu a mulher em desafios sem precedentes, estas mulheres abririam espaços para um partido farroupilha formado apenas de mulheres em porto alegre, no final de 1845.

Revista do Instituto Histórico e Geográfico do RS – n. 148 – 2014 – via Instagram

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